Discussões sobre geopolítica predominam em mais uma etapa do curso Mundo Islâmico

Dia movimentado em Brasília, para os mais de cem participantes da 2ª edição do curso Mundo Islâmico. Três importantes palestrantes trataram das questões de geopolítica e o Islã na contemporaneidade.

Abrindo o quarto dia do curso, o professor da Unicamp, Mohamed Habib abordou os reflexos na sociedade islâmica do colonialismo europeu e a emergência de grupos religiosos organizados.

Para o professor, a ausência de grupos políticos, organizados para enfrentar o colonialismo europeu, serviu como motivo para o surgimento de grupos islâmicos visando preencher essa lacuna. O primeiro e mais importante até hoje, é o grupo Irmandade Muçulmana, sobre o qual ele fez um minucioso relato.

Na segunda palestra dessa quinta feira, o cientista político Hussein Kalout, pesquisador da Universidade de Harvard, explorou as motivações que levaram a criação de organizações nacionalistas de resistência armada no mundo árabe-muçulmano. Ele analisou os fundamentos políticos, os objetivos estratégicos desses grupos e sua interação com a sociedade civil e com as instituições estatais.

O professor Kalout destacou ainda, os elementos catalizadores que impulsionaram a “primavera árabe” e analisou as razões da ascensão dos partidos islâmicos, no vácuo de forças pluripartidárias laicas.

Último palestrante do dia, o professor Salem Nasser, da FGV, encerrou as discussões sobre geopolítica, abordando os interesses estratégicos regionais e a questão democrática.

Um dos mais respeitados analistas das questões, envolvendo o mundo islâmico, Salem Nasser discutiu com os participantes, entre outros temas, a tentativa de articulação das representações de liberdade, autonomia e democracia que estão na origem dos processos de revolta no mundo árabe.

 

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Professor Mohamed Habib

 Confira abaixo a programação para o último dia: 

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